sábado, 30 de maio de 2009

O QUEIJO E OS VERMES

3 ANOS SEM ESCREVER

"Mas como cada cultura se relaciona com a parcela da população que não se enquadra?"


Lendo: O Queijo e os Vermes do escritor Carlo Ginzburg visões nada convencionais de um mundo destrambelhado.

"Mais que uma simples história, um escrito histórico. Obra do historiador italiano e professor da Universidade da Califórnia Carlo Ginzburg, narra a trajetória de Domenico Scandella, chamado Menocchio, um moleiro do norte da Itália, que no século XVI desafiou os poderes da inquisição afirmando que a origem do mundo estava na putrefação. Segundo Menocchio ?tudo era um caos, isto é, terra, ar, água e fogo juntos, e de todo aquele volume em movimento se formou uma massa, do mesmo modo com o queijo é feito do leite, e do qual surgem os vermes, e esses foram os anjos?. Graças a uma farta documentação, Ginzburg trouxe à tona o perfil de Menocchio, seus pensamentos, suas leituras e discussões, suas relações com amigos e vizinhos. Mais do que a descrição psicológica do moleiro, o autor traça um panorama minucioso do período em que viveu Menocchio, uma Europa pré-industrial marcada pelo Renascimento e pela Reforma. No entanto, a originalidade do pensamento de Menocchio é sempre destacada. Para ele, as influências que recebeu, autores que leu são importantes, mas mais importante é mostrar como Menocchio recebeu tais influências, de que forma absorveu as leituras, transformou-as e criou a sua própria teoria para o surgimento do universo. Assim, Ginzburg resgata a figura de um homem que ousa falar, que diz o que pensa mesmo arriscando a própria vida. Mesmo desiludido, após perder a mulher e o filho, sozinho, doente, Menocchio não se cala. Dizer o que pensa, para ele, é tão importante quanto viver."


E então se fez o caos e dele toda existência
Mas Deus não sua opnião, pois nele também se encontrava
E Menocchio caminhava pela terras do Friuli
O homem livre propagava suas idéias
Mas Menocchio não sabia que seus vermes
Nauseavam inimigos
E o moleiro foi punido
Por não esconder
O que sentia
E em sofrimento mais
Uma vez se humilhou
E por um perdão que nem devia ser
Necessário
Suplicou...
(Suplicou...) Por perdão desnecessário suplicou...
Domenico seguiu sua sentença
Mas por mais que se esforçasse
Continuava renegado
E com o passar do tempo
Já não pôde mais conter
O que sentia, forte, em seu coração
E novamente, sem razão, foi delatado
E pela inquisição investigado
E não houve como trair seu coração
E sob o sol seu corpo foi deixado
Dependurado...
Só por manter-se (Dependurado...)
Fiel a si mesmo


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2 comentários:

  1. Oi,tem como vc postar esse livro pra gente ler?

    ResponderExcluir
  2. Vou procurar.

    Assim que encontrar disponível, postarei com certeza.
    Obrigada,
    bjs

    ResponderExcluir

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