sábado, 4 de julho de 2009

ADNA x ALBERT EISNTEIN - escrevi um dia desses

ADNA x ALBERT EISNTEIN
Pretenciosa? Não - Identificação apenas

Hoje, me deparei com alguns acontecimentos e me ative no silêncio (aprendi de uns quatro ou cinco anos pra cá a
compreender a magia, valorizar, amar os momentos de silêncio), da minha casa e veio à minha mente algumas frases da alma de Albert Eisntein. Que Figuraça!!

As frases deixadas por ele são de uma profundidade impressionante!

Como ecoam em minha alma! Com certeza na alma de milhares de outros seres como eu e como ele.

Eis as que mais repercutem e me inquietam, aceleram meu coração me fazendo sentir o corpo sacudir com a velocidade da passagem do sangue em minhas veias.

É impressionante essa sensação!

É uma pena que eu não consiga decodificar essa mensagem, e transcrevê-las aqui para comunicar melhor esse momento.


Será que esse estado de letargia que tenho vivido os últimos anos?

Quando adolescente e durante minha mocidade, eu era muito mais atuante. Nem sempre fiz da forma certa, não vi os resultados positivos que tanto quis provocar: Igualdade racial, social, economica, religiosa, etc... IGUALDADE!

Tenho saudades do tempo em que eu só acreditava que seria possível.

Hoje estou incrédula ! Que pena ! Mas, meu sangue ainda grita dentro de mim.

  • O que devo fazer?
  • Como fazer?
  • Convoco quem pra vir comigo ?

Deus... Me ajude, me mostre como fazer e se não for pretencioso demais da minha parte, me deixe ver as pessoas mais humanas, desfrutando de uma convivência mais bonita antes de eu morrer !

Deus, salve o Rio de Janeiro, livre Fortaleza de ficar igual ao Rio, salve o Brasil, salve o mundo !

Salvar = Tornar, ou retornar/devolver a cada SER HUMANO, mais sensibilidade, honestidade, senso de justiça, fraternidade, generosidade, ALTRUÍSMO.
Vamos ouvir João Alexandre com a música: Pra cima, Brasil!




Breve diálogo com o Dalai Lama – Leonardo Boff

No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei em meu inglês capenga:

- Santidade, qual é a melhor religião?

Esperava que ele dissesse: “É o budismo tibetano” ou “São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo”.

O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos — o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta — e afirmou:

- A melhor religião é aquela que te faz melhor.

Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:

- O que me faz melhor?

- Aquilo que te faz mais compassivo (e aí senti a ressonância tibetana, budista, taoísta de sua resposta), aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável… A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião…

Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

ADNA x FERNANDO PESSOA x ADNA

ADNA x FERNANDO PESSOA x ADNA
Enquanto vivia momentos torturantes de tantos questionamentos sobre mim mesma, descobri que os amigos não gostavam e nem tinham paciência para ouvir toda via crucis que relatei no post anterior.

Raramente colegas de trabalho, embora convivendo por vários anos e por mais horas semanais do que com nossos próprios familiares; não se tornam por causa disso, um amigo.

Prova é, que estava completamente só. Nenhum dos "amigos" que gostavam de me ver sorrir ou por que os fazia sorrir ficaram perto de mim naquele momento.


Desta forma, tentava compensar a falta da roda de pessoas que viviam a minha volta, pela internet. Preferencialmente quem estava longe. Principalmente quem estivesse em outro estado.

Assim, procurava fazer novos amigos, como se quisesse esquecer aquela Adna e o que me havia acontecido, esquecer o passado.

Daí, estes novos "amigos", não necessariamente, falariam dos temas desgastados e doloridos que eu vivia. Embora, algmas vezes, buscasse alguém para falar daquelas coisas, os asuntos eram outros e eu viajava, dando vazão a ilusão de que eu estava bem. Pelo menos até desligar o computador.

Dentre os desconhecidos que eu falava, haviam alguns conhecidos; entre elas tinha Kelly formada em teologia, filosofia, pós graduanda em psicologia e apaixonada por literatura.

Conheci Kelly em Fortaleza, numa comunidade religiosa que eu participava. Ela estava agora em Natal no Rio Grande do Norte. Onde nascera. Numa dessas conversas através do MSN,
após ter escrito os primeiros posts, convidei-a a ler e me dizer que tipo de sentimento o meu texto teria despertado nela.

Foi aí que ela me apresentou Fernando Pessoa,

famoso escritor e poeta portugues. Figura enigmática. "drama em gente". Desdobrou-se em várias outras personalidades conhecidas como heterónimos.
Nome, imaginário, que um homem de letras empresta a certas obras suas, atribuindo a esse autor por ele criado qualidades e tendências literárias próprias, individuais, diferentes das do criador: “Cerebral e retraído, inimigo da expansão ingênua, Fernando Pessoa concebeu o projeto de se ocultar na criação voluntária, fingindo indivíduos independentes dele — os heterônimos —, e inculcando-os como produtos dum imperativo alheio à sua vontade” (Jacinto do Prado Coelho, Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa, p. 9).


A palavra parece haver começado a circular após o surgimento de Fernando Pessoa (1888-1935), grande poeta português, que, além de usar o próprio nome em diversas produções, muitas assinou com os nomes Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, e outros, poetas, cada um destes, de características bem individuais, tanto nos meios expressivos quanto na substância, e até com biografias, curiosamente inventadas por Fernando Pessoa. Nessa diferença de características entre as obras das criaturas e as do criador é que reside a distinção entre o heterônimo e o pseudônimo. Cf. ortônimo e heterônomo. Tensão interior característica do herói modernista que está irremediavelmente entregue a si próprio e quase sempre perdido nessa consciência de si próprio; carrega sempre uma “cruz” e a sociedade não consegue perceber que ele carrega essa cruz e sofre por isso um drama íntimo. Esse herói culpa a sociedade por o ter colocado nesse drama íntimo: não é já o epónimo herói épico mas sim um anónimo, como diz Lukàcs na sua Teoria do Romance, e por isso um anti-herói. Assim sendo, o drama íntimo é indissociável da “écriture”, do drama da escrita cuja intimidade é um drama por resolver que importa (d)escrever. O drama íntimo caracteriza-se por uma série de factores.(http://www2.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/D/drama_intimo.htm)

Kelly fez algumas comparações das minhas queixas. As que eu imaginava serem só minhas e causadas pelo fato de eu ser uma "pessoinha comum", que tinha sonhos, talvez impossíveis; e, que queria ser uma grande e importante figura. Com a diferença de ser alguém sem profundos conhecimentos científicos, sem formação acadêmica; que apenas havia, aos "trancos e barrancos" aprendido a abrir alguns caminhos e a circular entre os que possuiam formação.

Vejam, eu! Com queixas e dramas semelhantes com os vividos por
Fernando Pessoa.

Diante daquela descoberta me senti bastante aliviada por perceber que inquietação da alma se não todas, várias pessoas, pelo mundo a fora convivem com ela. Uns de uma forma mais consciente, metodológica e outros assim como eu, inconsciente, de maneira mais rude, por ignorar os segredos da alma e os mistérios de nossas mentes.

Por outro lado, também me aliviou o fato de reconhecer que não precisava pedir ao psicólogo que me recomendasse uma camisa de força, por achar que estava irremediavelmente louca.

Como me acho parecida com com
Fernando Pessoa!

Surpresa, feliz e pouco mais tranquila. Talvez, porque das duas uma, ou eu era uma pessoa normal que pensava e se escondia achando que era completamente louca. Ou o Pessoa(o escritor), era tão louco como eu; com uma importante diferença: ele fizera sucesso, por conseguir escrever de forma culta e clara seus loucos devaneios.

Descobri também, que pensamentos e sentimentos atormentam toda Humanidade, grandes e pequenos. E, que como diz
Augusto Cury em seu livro - TREINANDO A EMOÇÃO PARA SER FELIZ -
Precisamos aprender a conhecer o mundo da emoção para cultivar a felicidade. O mundo evolui com uma velocidade espantosa. A cada dez anos o conhecimento se multiplica derrubando mitos.

Antigas "verdades" científicas perdem crédito e são abandonadas. Novas idéias substituem as anteriores. Tudo está tão veloz!

Será que a emoção pode caminhar na mesma velocidade?

Não! A felicidade é amiga do tempo.

É preciso treinar a emoção para ser feliz"

Isso eu quero demais!!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

continuação - DEZEMBRO DE 2002

Passei a tomar muitos remédios para as dores e anti-inflamatórios e agora tinha que tomar remédios para depressão, e para dormir. Medicamentos fortes que acabavam me deixando grogue o dia todo e ainda mais amarga, solitária, sem vontade de viver sonolenta. Meus filhos, como sofriam!

Ás vezes tomava um comprimido à noite para dormir e quando acordava pela manhã tomava outro para não acordar, eu queria continuar dormindo, pq assim era menos difícil viver.

Ficava dias sem comer, sem tomar banho, trancada no meu quarto. Tinha horror ter que sair no meu portão. Não queria ver ninguém, se o telefone ou a campainha tocavam eu ficava desesperada, em pânico. Inúmeras vezes desliguei a campainha e tirava o fio do telefone da parede.

Se não tivesse jeito eu recebia as pessoas, porque fui educada por minha mãe a receber e tratar bem as visitas. Mas, era muito grande esse esforço.


É importante lembrar que de dezembro de 2002 a fevereiro de 2003, passei a chorar muito, me sentia desprezada, rejeitada a própria escória.

Comecei a questionar e duvidar que Adna eu era? Seria a que todo mundo dizia que era alegre e extrovertida, ou essa que teimava a se expor e eu não conseguia mais esconder; uma pessoa triste, amargura? Será que eu vivera mais de quarenta anos da minha vida mentindo a todos e a mim mesma?!


Passando por tudo isso, preferi que mamãe fosse para Maceió onde meu irmão morava; eu não queria que ela ficasse ali assistindo todo aquele sofrimento. Pois a conheço bem e sei que ela absorve tudo e acaba sofrendo mais que a outra pessoa.

Sendo assim, eu passava a maior parte tempo só. Minhas filhas gêmeas trabalhavam e moravam em suas casas, tinham suas vidas independente. Sempre que podiam e tinham folga do trabalho vinham me ver, e meus dois caçulas iam para o colégio na parte da manhã e sempre tinham outras atividades escolares. Por causa disso, eu era obrigada ir todo mês para o Posto da Previdência de ônibus sozinha. O que eu destava. Tinha vontade de morrer para não precisar fazer aquilo só.

Externamente quem não me conhecia não via nada. Então, como saber que eu tinha um problema sério de coluna?

Os motoristas dos ônibus, das toquipes, os passageiros; ninguém podia me ajudar o que contribuia para agravar ainda mais aquele estado de fragilidade, onde me sentia indefesa, vulnerável e só. Quando então, os sentimentos ruins se multiplicavam, geralmente entrava em crise mais profunda de depressão uma semana antes de ir para as perícias médicas do INSS e ficava por mais uma semana em depressão, por todo o contexto, somado à forma como atendentes e peritos me atendiam no Posto da Previdência.


Geralmente saía do posto chorando e ficava na Av. Francisco Sá, próxima da Praça do Liceu, chegando ao centro de Fortaleza. Enconstava no muro chorando disfarçadamente, esperando o ônibus chegar e pedindo a Deus que o motorista não arrancasse de forma brusca. Quantas vezes entrava no ônibus sentava no canto de um banco, virava o rosto para o vidro da janela e chorava de soluçar.

Demorei seis meses para conseguir sentar e andar mais ereta. Porque com o peso da cabeça sobre o pescoço e do braço quando deixava cair ao lado do corpo liberando o ombro, as hérnias comprimiam o nervo e as dores irradiavam. Então passava mais tempo deitada, o que causava também outras dores. Depois desses seis meses, comecei a conviver com crises inesperadas. Ás vezes estava aparentemente bem e de repente ficava acamada por dias, semanas.

Além das dores da coluna, ainda sofria com minha recém-separação, - uns dois ou três anos talvez - em fevereiro de 2003, diagnosticada com depressão crônica, por uma psiquiatra indicada por duas amigas que fiz através do Carlos Queiroz, meu amigo: Dra. Suzana Kramer e Dra. Elisa .... eu havia feito algumas consultas com elas durante o final do ano 2001 e no decorrer do ano 2002 para descobrir porque andava com tanta taquicardia, desânimo, um imenso esgotamento, meu humor a cada dia se tornava mais instável, me transformando em uma pessoa irritadiça, intolerante, impaciente. Eu não era assim! Sempre fui muito agitada, mas alegre, pra cima, de bem com a vida, recuperava rápidamente qualquer tristeza e não me encontrava mais assim.

Por causa da coluna fui afastada:
  • do meu trabalho, onde eu estava muito bem, (fizera 11 anos em março de 2002)
  • da faculdade onde eu fazia um curso de extensão da área de Administração de Empresas; Gestão de pequenas e Médias Empresas.
  • do curso de inglês que eu fazia aos sábados pela manhã. (indo para o terceiro semestre)
  • E da adminstração da casa, filhos e minha mãe que veio morar comigo desde que meu pai falecera em 11 junho de 1995.

domingo, 28 de junho de 2009

DEZEMBRO DE 2002

Há cinco anos atrás, quando iniciei ainda de maneira tímida a construção do meu primeiro blog, onde imaginei que seria apenas um diário, espaço que eu pudesse desaguar toda dor física e da alma que sentia, solidão, mágoas e outras não detectadas, que me torturavam; queria que fosse um canal de lamento como se fossem ouvidos atentos e pacientes de um grande companheiro. Eu pecisava desabafar e os meus "amigos" tinham ido embora.

Hoje posso até entender que realmente é muito difícil se manter ao lado de alguém que antes conhecemos alegre, festiva, pra cima, feliz e "de repente" passamos a ver e ouvir dessa pessoa desânimo, lamento, choro e sempre pelas mesmas coisa.

Os poucos que ficaram, parecia, talvez, por ignorância e não por perversidade, que tinham o prazer mórbido de "dar sermões", dizer "verdades" ou "conselhos" repetitivos de "frases feitas", que não fazem o menor sentido para ninguém, muito menos para quem vivencia um momento ruim.

Não percebem que ao agirem dessa maneira, põe mais peso e empurra a pessoa ao fundo do poço. Porque geralmente esses "falatórios" parecem ter um ar sarcástico de repreensão, com a pretensão de fazer que a pessoa obrigatóriamente reaja; e se ela não o faz, presumi-se que porque é "fraca".

Ignoram toda a história anterior, toda vivência, que imperceptivelmente veio anos a fio "tecendo" silenciosamente o estado final.

Os raríssimos amigos, os verdadeiros amigos, ficam e percebe-se facilmente a diferença no comportamento deles. Vocês identificarão.

Queria falar todas as coisas que me amargavam naquele momento modificado e agravado tragicamente e surpreendentemente naquele 11 de dezembro de 2002, quando ao acordar, pela manhã, - por vota das 6:30h -, ao levantar para viver a rotina de arrumar meus dois filhos menores para irem para o colégio, preparar o café, me arrumar, levá-los ao colégio e de lá ir para o meu trabalho no Centro de Fortaleza - uma ONG, onde trabalho desde março de 1991. Senti uma insuportável dor que irradiava das costas para o pescoço, braço e omoplata direitos. Que me fez cair sobre a cama do meu filho no quarto ao lado do meu.

Minha mãe, que estava em minha casa não sabia o que fazer, porque qualquer tipo de movimento para qualquer lado, a dor atingia um ponto ainda mais doloroso. Uma das minhas filhas gêmeas, a casada, que morava em um bairro perto do conjunto que eu moro; foi a primeira a ser avisada e veio imediatamente.

Porém, ao ver meu estado também ficou sem reação. Minha mãe então liga para a empresa que eu trabalhava para avisar e Carlos Queiroz, que se tornou um grande amigo. Ele era quem liderava nosso setor em nível de Brasil, naquela época, veio imediatamente à minha casa e vendo que não seria fácil me levar até o carro, orientou que pusessem gelo no local da dor das costas. Passados alguns minutos, me disse que eu deveria me esforçar ao máximo e aguentar a dor para que pudesse ser levada ao Hospital. Com muito sofrimento, rodeada de travesseiros e almofadas que me ajudavam apoiar o corpo inclinado para a frente com a cabeça apoiada no costado do banco do carona. Consegui chegar ao Hospital.

Os vários medicamentos e exames diversos na emergência além de um Raio X, não foram suficientes para identificar a causa de tantas dores. Diante desse quadro os médicos resolveram me internar. Passados vinte e quatro horas de internação, embora estivesse sendo medicada, segundo os médicos, com analgésicos e anti-inflamatórios fortíssimos. Eu não apresentava nenhuma melhora, as dores não aliviavam. Até que a equipe resolvera então me anestesiar para ter condições de fazer o exame de Ressonância Magnética, já que eu não suportava a dor para esticar e deitar meu corpo no tubo do aparelho.

Ainda tive um problema, porque o PLANO DE SAÚDE um dos benefícios da empresa, não cobria o anestesista. Tinha então que dar um cheque como caução até discutir o problema com o PLANO, e eu estava sem talão e de novo o amigo, me emprestou um cheque dele. Só então fora detecados: Entre outros detalhes;

  • Desidratação discal;
  • Retificação da lordose fisiológica.
  • protusões discais póstero-centrais C4-C5 e C5-C6. Que reduziam a amplitude do espaço liquórico anterior e impressionando o aspecto anterior do cordão medular.
  • Hérnia discal póster-central e lateral direito nonível C6-C7, onde eram observados extrusão do material discal em situação póstero-central e lateral direito, comprimindo a medula espinhal e reduzindo a amplitude do espaço neuroforaminal adjacente, com compressão da raiz nervosa correspondente.
Aguardem mais um capítulo ....