DONA DO COLÉGIO 7 DE SETEMBRO
A diretora do 7 de setembro, dona Antonina, tornou-se muito amiga de minha mãe. Acho que ela era crente e se eu não me engano era solteirona. Também não me lembro porque, eu fui morar na casa dela, parece que era pra ajuda-la e ficava pra estudar, pelo que vagamente me lembro não fiquei muito tempo. Eu já não conseguia me enquadrar a algumas coisas impostas a mim, que não faziam muito sentido ao meu modo de ver. (vou apurar essa história com minha mãe) Uma coisa boa que me lembro que me ocorreu durante o pouco tempo que morei na casa dela foi que lá no conjunto eu arranjei um namorado, ele era marinheiro e pelo que me lembro, foi o primeiro namorado assim de abraçar, encostar o corpo, beijar na boca.
Lembro-me de algumas vezes que saia acho que escondida para encontra-lo pelas ruas do conjunto e ficávamos debaixo das árvores, nas noites de chuva, eu achava lindo o raio de luz dentre as das lâmpada que cortava a escuridão. Imagino que essas cenas me marcaram porque lá na Vila Marina ainda não tinha luz, e era tudo muito escuro. Era ótimo para admirar as noites enluaradas. Aí era lindo!
Aprendi com meu uma música assim:
Lua bonita, se tu não fosses casada.
Levaria uma escada para o céu te beijar
Lua bonita, se não fosse teu calor
Pedia Nosso Senhor, pra contigo me casar
Lua bonita, me causa aborrecimento
Ver São Jorge no Jumento recebendo teu clarão.
Por que casaste com um homem tão sisudo
Que come, dorme, faz tudo
Dentro do teu coração?
Sei que gostava de tomar banho no banheiro dela porque era todo revestido de cerâmica, tinha box e bidê. Nas casas que até então eu morei não tinha. Eu me lembro que fiz o Admissão, era uma espécie de preparatório para o aluno que saia da 4ª série do antigo primário e ia ingressar no 1º ano ginasial. No admissão como todo aluno dessa fase, eu também tinha uma turminha e me lembro muito bem da Geysa e da Raquel, éramos o trio parada dura. D. Antonina ficava louca com a gente. A Raquel era bem magra e brigona, a Geysa era baixinha do corpão, cintura fina, coxas grossas, bunda grande e olhos verdes, só que tinha uma cicatriz da cabeça até a ponta do nariz, de uma cirurgia que teve que fazer ao nascer, devido a complicações no parto.
Eu, não sei como me descrever, na verdade não vem nenhuma imagem minha como veio das minhas amigas quando comecei a contar sobre elas. Devia ser o complexo que eu sempre tive, mas sempre lutei contra, encobrindo-o com uma adolescente moleca, extrovertida, a atração. Usava isso como arma pra esconder meus medos e complexos. Eu já sofria de baixa auto-estima; nessa fase. Não gostava do meu cabelo eu não sabia como penteá-lo. Eu era única filha mulher, no meio de 4 homens: 3 irmãos, e meu pai. Minha mãe não era vaidosa. Então não ligava pra essas coisas de aparência e também por ser muito religiosa, o tipo de roupa que ela aceitava era muito séria pra mim; não gostava de maquiagem, enfeites e etc.
Lembro-me que eu usava o velho golpe das meninas que viveram sua adolescência nos anos da mini-saia. Os pais ordenavam: a saia tinha que ser abaixo dos joelhos. Os, adolescentes nos anos 60 não tinham direitos a voz como nossos filhos e então éramos obrigadas a aceitar a imposição dos pais. Mas, quando chegávamos na rua, enrolávamos o cós para subir a saia até a altura que desejávamos; a da mini-saia.
Como era costume da minha família, desde o nascimento, íamos pra igreja todo domingo. Pela manhã, tarde e noite, rotina que pra nós era muito natural, porque desde meus avós, principalmente maternos era assim.
Lembro-me de algumas vezes que saia acho que escondida para encontra-lo pelas ruas do conjunto e ficávamos debaixo das árvores, nas noites de chuva, eu achava lindo o raio de luz dentre as das lâmpada que cortava a escuridão. Imagino que essas cenas me marcaram porque lá na Vila Marina ainda não tinha luz, e era tudo muito escuro. Era ótimo para admirar as noites enluaradas. Aí era lindo!
Aprendi com meu uma música assim:
Lua bonita, se tu não fosses casada.
Levaria uma escada para o céu te beijar
Lua bonita, se não fosse teu calor
Pedia Nosso Senhor, pra contigo me casar
Lua bonita, me causa aborrecimento
Ver São Jorge no Jumento recebendo teu clarão.
Por que casaste com um homem tão sisudo
Que come, dorme, faz tudo
Dentro do teu coração?
Sei que gostava de tomar banho no banheiro dela porque era todo revestido de cerâmica, tinha box e bidê. Nas casas que até então eu morei não tinha. Eu me lembro que fiz o Admissão, era uma espécie de preparatório para o aluno que saia da 4ª série do antigo primário e ia ingressar no 1º ano ginasial. No admissão como todo aluno dessa fase, eu também tinha uma turminha e me lembro muito bem da Geysa e da Raquel, éramos o trio parada dura. D. Antonina ficava louca com a gente. A Raquel era bem magra e brigona, a Geysa era baixinha do corpão, cintura fina, coxas grossas, bunda grande e olhos verdes, só que tinha uma cicatriz da cabeça até a ponta do nariz, de uma cirurgia que teve que fazer ao nascer, devido a complicações no parto.
Eu, não sei como me descrever, na verdade não vem nenhuma imagem minha como veio das minhas amigas quando comecei a contar sobre elas. Devia ser o complexo que eu sempre tive, mas sempre lutei contra, encobrindo-o com uma adolescente moleca, extrovertida, a atração. Usava isso como arma pra esconder meus medos e complexos. Eu já sofria de baixa auto-estima; nessa fase. Não gostava do meu cabelo eu não sabia como penteá-lo. Eu era única filha mulher, no meio de 4 homens: 3 irmãos, e meu pai. Minha mãe não era vaidosa. Então não ligava pra essas coisas de aparência e também por ser muito religiosa, o tipo de roupa que ela aceitava era muito séria pra mim; não gostava de maquiagem, enfeites e etc.
Lembro-me que eu usava o velho golpe das meninas que viveram sua adolescência nos anos da mini-saia. Os pais ordenavam: a saia tinha que ser abaixo dos joelhos. Os, adolescentes nos anos 60 não tinham direitos a voz como nossos filhos e então éramos obrigadas a aceitar a imposição dos pais. Mas, quando chegávamos na rua, enrolávamos o cós para subir a saia até a altura que desejávamos; a da mini-saia.
Como era costume da minha família, desde o nascimento, íamos pra igreja todo domingo. Pela manhã, tarde e noite, rotina que pra nós era muito natural, porque desde meus avós, principalmente maternos era assim.
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