sábado, 2 de julho de 2005

Capítulo - 1967

Em 1967, aconteceu um episódio desagradável um desentendimento de meu pai com uma vizinha por causa do Itamar que brincava com um filho dessa vizinha em uma poça de lama em frente à nossa casa. A mulher muito desaforada veio tirar satisfações por causa da queixa de seu filho com palavrões e agrediu verbalmente a moral de meu pai, que no ímpeto reagiu de uma forma um tanto quanto radical... Por causa disso, voltamos a morar no Andaraí, na Tijuca.

Acho que Deus tava “dando uma forcinha” pra gente ficar morando lá. Mas, meus pais, entenderam diferente.
E tinham suas razões. A casa que morávamos no morro do Andaraí era de propriedade de meus avós maternos e como minha mãe tinha mais de dez irmãos, pra evitar confusão, meus pais acharam melhor comprar uma casa para a família. Meu pai, sempre foi muito independente, e eles também detestavam pagar aluguel. Com o salário que tinham, o lugar que dava acesso para comprar uma casa com 2 quartos e demais dependências, um quintal com mais de 700,00m2, o que daria para realizarem seus sonhos, plantar, e criar uns animais foi em Vila Marina, um loteamento, localizado no município de Morro Agudo, Distrito de Nova Iguaçu. De novo na baixada fluminense. A casa era uma casa antiga, estilo casa de sítio, de telhas, sem laje, mas era boa, pra quem não tinha nada!



Essa era a nossa casa do jeitinho que papai comprou, pode-se constatar que não há eletricidade ainda. Essa foto foi tirada num dia em que a minha tia Esther irmã da minha mãe, foi lá pra casa com seus 3 filhos, meus primos: Carlinhos, Luiz e Elizete, (que alguns anos mais tarde, fica em nossa casa me ajudando em um projeto do governo para alfabetização de jovens e adultos). Um problema gravíssimo daquele lugar.



Acho que nesse dia, o meu tio Josué, com minha tia Elza, meus primos Joelza e Joelson também estavam juntos. Nossa família tanto materna quanto paterna é muito brincalhona, essa foto é testemunha disso. Meu tio fingindo que estava tocando juntamente com minha tia Elza, puseram a filha minha prima Joelza com um chapéu nas mãos como se estivessem arrecadando ajuda numa praça. Era muito divertido quando eles iam à nossa casa.

Eles moravam em Jacarepaguá, e adoravam ir lá pra nossa casa. Era como se estivessem indo pra um sítio ou uma chácara.
O lugar nessa época por volta de 1965, ainda não tinha muitos moradores, então nos proporcionava uma sensação de liberdade tão grande que minha tia e meus primos sempre brincavam de jogar água uns nos outros, (eu não me lembro quantas vezes isso aconteceu, lembro-me com clareza quando aconteceu), nós corríamos um atrás do outro, distâncias enormes que iam até o outro loteamento em frente; que nessa época ainda se quer havia sido dividido em lotes.


Nessa foto da esquerda para a direita:

Lembro-me também, que meu pai, pintou a casa por fora com cal, e os biquin-de-lacre, uns pássaros pequeninos do bico vermelho. Vinham em bando e imaginávamos que eles ao verem tudo branco em sua frente pensavam que era nuvem, porque se tacavam na parede da casa e a maioria caia em nosso quintal, alguns mortos, a maioria tonta e a gente se arriscava pegá-los, mas, a gente não tinha gaiola. Nem como cuidar. Sei que não ficávamos muito tempo com eles.
Meu irmão Edson, eu com o carrinho de mão, meu primo Carlinhos filho da Tia Esther (irmã da minha mãe); meu tio Josué (irmão da minha mãe); meu pai, meu primo Luis (irmão de Carlinhos)e na frente minha prima Joelza (filha do meu tio Josué).

Minha tia Esther; minha avó materna Francisca, a vó chiquinha e a Zete (Elizete)minha prima filha da tia Esther.

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