sexta-feira, 10 de junho de 2005

MEADOS DOS ANOS 80 - MILITÂNCIA? COMO TUDO COMEÇOU

MILITÂNCIA...?
Penso que não. Julguem, vocês caros leitores :-),


Hoje vou falar das minhas atividades como Liderança Comunitária

Pelo fato da minha mãe trabalhar como corretora no loteamento Vila Marina desde 1966, logo assim que nos mudamos para Nova Iguaçu. Ficou muito conhecida por aquelas redondezas. Lógico que essas pessoas sempre são “bem vistas”, pelos políticos, que precisam da população para suas campanhas eleitorais. Daí havia um sítio bem próximo da nossa casa, e lá morava o Sr. Luiz Carlos Gomes Pereira, que em 1985 se candidatara como Deputado Estadual. E procurou minha mãe, pq ele acabava de criar a AMAPAAssociação de Moradores e Amigos da Palhada. Igualzinho o que ainda acontece hoje em dia. Dessas centenas, não tenho dados estatísticos para afirmar se são milhares, acredito que sim, de Associações de Moradores que são criadas geralmente no ano que antecede ao ano de eleição. Com finalidades puramente eleitoreiras. E foi assim que minha mãe me apresentou ao Sr. Luis, achando que eu poderia dar o apoio que ele estava solicitando. E eu meio cismada, sempre fui muito pé atrás com relação a essas coisas, geralmente eu agia muito ou totalmente intuitivamente do que por convicções embasadas em pesquisas e estudos. E vagamente eu me lembro que ele me pediu para ajuda-lo fazendo um cadastramento dos moradores de todos aqueles loteamentos para tomar ciência das necessidades dos bairros e ajuda-loa a compreender a necessidade de se tornarem sócios da Associação, para lutarmos por benefícios para nossa comunidade. Se eu não me engano ele estipulou um salário(não me lembro quanto), pra eu fazer pois eu estava desempregada, e fui mais por esse motivo. Obvio, eu era uma presa fácil. Assim como é a maioria dos brasileiros que estão desempregados.

Hoje, com a crise ainda mais agravada e o apelo ao consumismo; tornam-se presa fácil para o que há de pior. Meninos e meninas, homens e mulheres para o tráfico e para a exploração sexual.

Em março de 1985, eu já estava juntamente com uma boa quantidade de vizinhos fazendo uma manifestação pública afim de sensibilizar as autoridades: pois ainda estávamos com esgoto a céu aberto, sem água encanada, taxa de iluminação pública e se quer tinha lâmpadas nos postes, caminhávamos mais de vinte minutos para pegar condução para o trabalho ou levar as crianças à escola.


Nessa época o Prefeito era o Sr. Paulo Leone e o Secretário Estadual de Obras o Sr. Alfredo Salomão.



Lembro-me que tentei, cheguei a fazer algumas visitas pelo bairro, só que na proporção que eu visitava intuitivamente, me sentia desconfortável, por achar que não era daquela forma que se convocava cidadãos a unirem-se para buscar os seus direitos legítimos, já defendidos na NOSSA CONSTITUIÇÃO. Daí, não consegui trabalhar com o homem, e não busquei receber nenhum dinheiro que ele havia me prometido.

Eu não conhecia historicamente ninguém que lutava por direitos legais, que recebesse para isso. Nem Gandhi, nem Luther King, nem Che Guevara; muito menos Jesus Cristo. E assim pautei minha vida, durante toda a caminhada como Liderança Comunitária. Hoje, vejo que não devemos deixar que o idealismo fale mais alto que a realidade.

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