SE EU NÃO MUDAR, NADA MUDA

Olá, estive em "off" durante esses dois últimos meses por vários motivos.

Novas vivências, novos desafios de crescimento, amadurecimento e aprendizado. Afinal, a vida é dinâmica...! :)

Dentre tantas outras leituras destaco o livro: MULHERES OUSADAS CHEGAM MAIS LONGE, da psiquiatra, pesquisadora e escritora Dra. Lois P. Frankel; onde ela trata dos erros que a maioria de nós mulheres cometemos por conta da cultura e educação que recebemos e que nos impedem na maior parte das vezes de galgarmos altos cargos corporativos.

Nessa área ela diz ter computado 101 erros que são citados e exemplificados com "cases " e em seguida com sugestões de mudanças.

Saltou-me aos olhos o óbvio: Como nós Seres Humanos não somos compartimentados, - a visão holística -, esses erros também aparecem e nos atrapalham no nosso papel como mães; na forma de relacionar, de educar nossos filhos; de formarmos a próxima geração de indivíduos que formarão uma “nova” sociedade.

MÃE OUSADA CHEGA MAIS LONGE - No preparo de seus filhos para vida, formando homens e mulheres cidadãos conscientes de seus deveres e éticos; e na sua própria realização como educadora.

NADA MUDARÁ SE EU NÃO MUDAR - Todos nós já sabemos que as mudanças nos seres humanos, principalmente as mais marcantes acontecem de dentro para fora. Porque é dentro do nosso coração que tudo acontece.

Jesus quando diz:

“não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco arvore má que dê bom fruto” (Lc 6.43),

Ele, Jesus, está falando do coração humano.

Em Pv afirma: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração; porque dele procedem as fontes da vida”(Pv 4.23).
Na verdade, esta é a preocupação de Deus, desde o AT até o NT.

- Um dos grandes problemas com o nosso coração, é que nós mesmos o desconhecemos. Ele é muitas vezes misterioso, confuso, dúbio.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Ez 17.9).

Este texto nos ensina três coisas complicadas sobre o nosso coração:

a)- Ele é enganoso – nunca sabemos como ele reagirá em situações de provações e tentações, em situações provocativas e de ameaças. Como reage nosso coração? “O coração tem razões que a própria razão desconhece” (Shakespeare).

b) Ele é desesperadamente corrupto – Tem uma disposição para o mau, e a Palavra de Deus nos diz que tipo de corrupção ele enfrenta. Ele é profundamente corrupto. Não sabemos o potencial para a corrupção que ele tem, mas sabemos que é desesperador.

c)- A dificuldade de o conhecermos – O texto não diz que é difícil conhecer o coração dos outros, mas o próprio coração. Não sabemos a natureza de nossos próprios sentimentos e atitudes.

Não adianta eu treinar um novo papel para desenvolver como fazem os atores. Inevitavelmente a máscara cairá e será então revelado o nosso verdadeiro EU.

Se a motivação for só externa não durará e muito menos teremos os resultardos positivos que almejarmos.

Tenho uma amiga que também é mãe e conversamos muito sobre esse papel que desenvolvemos.

Outro dia ela me perguntou o que eu achava. Sobre os últimos sentimentos que ela vem experimentando no relacionamento com seus filhos. Então, chegamos a seguinte conclusão:


NADA MUDA SE VOCÊ NÃO MUDAR

Lembrei-me de uma frase dita por Stephen Covey, autor do livro: Os 7 Hábitos das pessoas altamente Eficazes.

"Vencer é um hábito. Assim como fracassar."

Se nós mães continuarmos com a postura de superprotetoras, sem dar chance aos nossos filhos de pilotarem a aeronave de suas vidas, corremos o risco de nos sentirmos fracassadas por ter que assistirmos ao fracasso deles. Sem nos darmos conta de fomos responsáveis por não treiná-los e por mante-los no distantes do leme mesmo quando as intempéries advirem e que sempre em qualquer lugar do planeta elas surgirão. É inevitável!

Mas, nós mães, em nome de um amor superprotetor e egoísta, sim! porque não atentamos que precisamos enquanto aqui estamos, prepara-los para quando não estivermos por perto " protege-los", orientá-los.

E aí, como eles reagirão? Com gritos e ataques histéricos, chorando, com arrogância e agressividade, na tentativa de esconder a insegurança e desconhecimento de como como se comportar proaativamente nas situações de pressão e de frustração que são inerentes a vida?

Depois diante dos meios de comunicação arregalamos os olhos e perguntamos estupefatos: - Como acontece isso, meu Deus? Tão jovem, tão moço, tinha uma vida inteira pela frente.

Precisamos rever nossos conceitos e valores e mudarmos muitos de nossos hábitos para não continuarmos choramingando sobre alguns comportamentos de nossos filhos. Lembrando, claro, de não ferirmos ou ignorarmos o que é singular em cada indivíduo.

Como despertar e motivar a cultura de características, importantes e necessárias a qualquer tipo de estrutura social por ser a melhor maneira de convivermos em sociedade de forma mais harmônica:

Alguns especialistas em comportamento dizem que essas características são mais afloradas nas mulheres.

Se as temos, precisamos influenciar os homens em nome de um mundo melhor.

a) Espírito Cooperativo;

b) Flexibilidade;

c) Percepção das necessidades dos outros

d) Capacidade de agregar pessoas e o

e) Uso da Instituição (empresa, escola, faculdade, casamento, os espaços públicos, etc.)

Reproduzo aqui o comentário de uma leitora do nosso blog no texto: Novo Momento. Pois veio bem a calhar com o turbilhão de questionamentos q alucinam minha mente e aceleram meu coração. Ei-lo:

“...A família é o primeiro grupo social a que está submetido o homem, enquanto membro deste grupo, o ser individual aprende a se relacionar com o meio e a tornar-se então um ser social... Resumindo precisamos uns dos outros, portanto: é preciso saber viver. Vive melhor o ser que consegue compreender que o social é determinante para o individuo, e que o inverso também é procedente. Não existe superioridade, apenas relacionamento entre individuo e sociedade um não existe sem o outro.”

Sem sombra de dúvidas isso é verdadeiro. Mas, o que estará acontecendo conosco enquanto indivíduos e com nossa sociedade? Como muito bem colocado; Um não existe sem o outro. E acrescento: O estado como um está, reflete indubitavelmente no outro.

Se o indivíduo está mal isso é sentido na sociedade.

Se a sociedade trata mal o indivíduo, este se desintegra:

Proximo post - a Genealogia do mal do nosso século.


Aguardem.