sexta-feira, 3 de julho de 2009

ADNA x FERNANDO PESSOA x ADNA

ADNA x FERNANDO PESSOA x ADNA
Enquanto vivia momentos torturantes de tantos questionamentos sobre mim mesma, descobri que os amigos não gostavam e nem tinham paciência para ouvir toda via crucis que relatei no post anterior.

Raramente colegas de trabalho, embora convivendo por vários anos e por mais horas semanais do que com nossos próprios familiares; não se tornam por causa disso, um amigo.

Prova é, que estava completamente só. Nenhum dos "amigos" que gostavam de me ver sorrir ou por que os fazia sorrir ficaram perto de mim naquele momento.


Desta forma, tentava compensar a falta da roda de pessoas que viviam a minha volta, pela internet. Preferencialmente quem estava longe. Principalmente quem estivesse em outro estado.

Assim, procurava fazer novos amigos, como se quisesse esquecer aquela Adna e o que me havia acontecido, esquecer o passado.

Daí, estes novos "amigos", não necessariamente, falariam dos temas desgastados e doloridos que eu vivia. Embora, algmas vezes, buscasse alguém para falar daquelas coisas, os asuntos eram outros e eu viajava, dando vazão a ilusão de que eu estava bem. Pelo menos até desligar o computador.

Dentre os desconhecidos que eu falava, haviam alguns conhecidos; entre elas tinha Kelly formada em teologia, filosofia, pós graduanda em psicologia e apaixonada por literatura.

Conheci Kelly em Fortaleza, numa comunidade religiosa que eu participava. Ela estava agora em Natal no Rio Grande do Norte. Onde nascera. Numa dessas conversas através do MSN,
após ter escrito os primeiros posts, convidei-a a ler e me dizer que tipo de sentimento o meu texto teria despertado nela.

Foi aí que ela me apresentou Fernando Pessoa,

famoso escritor e poeta portugues. Figura enigmática. "drama em gente". Desdobrou-se em várias outras personalidades conhecidas como heterónimos.
Nome, imaginário, que um homem de letras empresta a certas obras suas, atribuindo a esse autor por ele criado qualidades e tendências literárias próprias, individuais, diferentes das do criador: “Cerebral e retraído, inimigo da expansão ingênua, Fernando Pessoa concebeu o projeto de se ocultar na criação voluntária, fingindo indivíduos independentes dele — os heterônimos —, e inculcando-os como produtos dum imperativo alheio à sua vontade” (Jacinto do Prado Coelho, Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa, p. 9).


A palavra parece haver começado a circular após o surgimento de Fernando Pessoa (1888-1935), grande poeta português, que, além de usar o próprio nome em diversas produções, muitas assinou com os nomes Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis, e outros, poetas, cada um destes, de características bem individuais, tanto nos meios expressivos quanto na substância, e até com biografias, curiosamente inventadas por Fernando Pessoa. Nessa diferença de características entre as obras das criaturas e as do criador é que reside a distinção entre o heterônimo e o pseudônimo. Cf. ortônimo e heterônomo. Tensão interior característica do herói modernista que está irremediavelmente entregue a si próprio e quase sempre perdido nessa consciência de si próprio; carrega sempre uma “cruz” e a sociedade não consegue perceber que ele carrega essa cruz e sofre por isso um drama íntimo. Esse herói culpa a sociedade por o ter colocado nesse drama íntimo: não é já o epónimo herói épico mas sim um anónimo, como diz Lukàcs na sua Teoria do Romance, e por isso um anti-herói. Assim sendo, o drama íntimo é indissociável da “écriture”, do drama da escrita cuja intimidade é um drama por resolver que importa (d)escrever. O drama íntimo caracteriza-se por uma série de factores.(http://www2.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/D/drama_intimo.htm)

Kelly fez algumas comparações das minhas queixas. As que eu imaginava serem só minhas e causadas pelo fato de eu ser uma "pessoinha comum", que tinha sonhos, talvez impossíveis; e, que queria ser uma grande e importante figura. Com a diferença de ser alguém sem profundos conhecimentos científicos, sem formação acadêmica; que apenas havia, aos "trancos e barrancos" aprendido a abrir alguns caminhos e a circular entre os que possuiam formação.

Vejam, eu! Com queixas e dramas semelhantes com os vividos por
Fernando Pessoa.

Diante daquela descoberta me senti bastante aliviada por perceber que inquietação da alma se não todas, várias pessoas, pelo mundo a fora convivem com ela. Uns de uma forma mais consciente, metodológica e outros assim como eu, inconsciente, de maneira mais rude, por ignorar os segredos da alma e os mistérios de nossas mentes.

Por outro lado, também me aliviou o fato de reconhecer que não precisava pedir ao psicólogo que me recomendasse uma camisa de força, por achar que estava irremediavelmente louca.

Como me acho parecida com com
Fernando Pessoa!

Surpresa, feliz e pouco mais tranquila. Talvez, porque das duas uma, ou eu era uma pessoa normal que pensava e se escondia achando que era completamente louca. Ou o Pessoa(o escritor), era tão louco como eu; com uma importante diferença: ele fizera sucesso, por conseguir escrever de forma culta e clara seus loucos devaneios.

Descobri também, que pensamentos e sentimentos atormentam toda Humanidade, grandes e pequenos. E, que como diz
Augusto Cury em seu livro - TREINANDO A EMOÇÃO PARA SER FELIZ -
Precisamos aprender a conhecer o mundo da emoção para cultivar a felicidade. O mundo evolui com uma velocidade espantosa. A cada dez anos o conhecimento se multiplica derrubando mitos.

Antigas "verdades" científicas perdem crédito e são abandonadas. Novas idéias substituem as anteriores. Tudo está tão veloz!

Será que a emoção pode caminhar na mesma velocidade?

Não! A felicidade é amiga do tempo.

É preciso treinar a emoção para ser feliz"

Isso eu quero demais!!

2 comentários:

  1. Obrigada por voce me apresentar a Vida do "Fernando Pessoa" que; após lê a sintese que aqui foi exposta, percebi que já o conhecia través da sua vida, seus pensamentos, suas inquetações, desejos e gana em fazer valer seus sonhos e ideais.
    Adna, continue sonhando e com essa sede de transformação.

    Abraçãooooo

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  2. Oi muito bom esse artigo do Fernando Pessoa sensacional mesmo acho que ambos compartilhamos da mesma admiração pela sua obra é bom quando a gente encontra pessoas que tem um gosto impio para literatura ! obrigado por comentar no meu blog bjaum seu blog esta sensacional

    www.ruivosuburbano.blogspot.com

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