sábado, 30 de abril de 2005

NO GRAMACHO - DUQUE DE CAXIAS

Era um bairro pobre, sem saneamento básico. Como era literalmente uma baixada, todas as vezes que chovia, alagava tudo, tinha muita lama. Era horrível!
Das poucas lembranças do Gramacho posso relatar os seguintes fatos: Tinha um terreno baldio em frente da nossa casa, vivia alagado, então dava muitas rãs e sapos, e meu irmão Edson gostava de pagá-las, para comer, era gostoso e forte. Posso contar da D. Edna uma vizinha, branca, forte tinha um monte de filhos, não me lembro quantos, sei que eu gostava de ir pra casa dela brincar, e uma vez eu levei uma surra monstra do meu pai, fiquei até com umas marcas no meu braço porque eu correndo do meu pai tropecei na construção da nossa casa. Lembro-me que era um alicerce alto e ao correr não deu tempo de levantar minha perna rápido até porque eu deveria ter uns 7 ou 8 anos. Então, caí, meu pai me pegou e me bateu bastante, parece que por causa do que nós estávamos brincando. Só sei que eu e os filhos da D. Edna estávamos debaixo da cama da casa dela. Não sei se brincávamos de médico :-), sinceramente eu não me lembro. Se lembrasse faria questão de contar aqui. Só sei que apanhei e era por causa do que brincávamos. Naquela época não se conversava com os filhos, muito menos se explicava porque estávamos sendo corrigidos, então não era novidade apanhar e sei lá porquê? Se tivéssemos que fazer o que pra eles era condenável, faríamos por pura ignorância, não por teimosia ou desobediência.
Em 1967, aconteceu um episódio desagradável um desentendimento de meu pai com uma vizinha por causa do Itamar que brincava com um filho dessa vizinha em uma poça de lama em frente à nossa casa. A mulher muito desaforada veio tirar satisfações por causa da queixa de seu filho com palavrões e agrediu verbalmente a moral de meu pai, que no ímpeto reagiu de uma forma um tanto quanto radical... Por causa disso, voltamos a morar no Andaraí, na Tijuca.

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