sábado, 30 de abril de 2005

BAIXADA FLUMINENSE - O RETORNO - AGORA, NOVA IGUAÇU

De novo na baixada fluminense. Nós já estávamos morando no Andaraí, por 2 anos eu tinha acabado de completar 12 anos em março. E no dia 07 de abril de 1969, nos mudamos para Vila Marina. Lembro-me que meu pai dizia que lá era um morro muito mais alto do que o morro do Andaraí, por isso se chamava Morro Agudo. Que nada! Era só pra fazer piada com a gente lá era baixada, não tinha morro. Papai gostava de brincar assim. Lembro-me, que primeiro pegamos um ônibus para a Central do Brasil, lá pegamos um trem, não me lembro direito, mas, acho que meu pai havia ido antes com a mudança e minha mãe ficara pra nos levar. (Preciso confirma isso com mamãe). Descemos do trem não me lembro, se na estação de Nova Iguaçu, ou na de Morro Agudo; lá pegamos mais um ônibus e descemos em uma estrada de terra, onde estavam construindo um conjunto residencial, que veio se chamar de Conjunto Rosa dos Ventos, isso era na estrada do Riachão. Mais tarde passou a chamar estrada da Palhada.
A estrada do Riachão era muito bonita. Era coberta de areia bem branquinha, que nos fazia imaginar ter alguma praia por perto. Que nada :-( ! Não tinha praia nenhuma. Nós nem se quer imaginávamos que ao mudarmos praquele lugar, seríamos os cariocas mais distantes da praia uma das marcas fortes dos cariocas, e de todos os demais referenciais do Rio de Janeiro cidade Maravilhosa, naquela época era mais maravilhosa que hoje. Não sabíamos que nos tornaríamos turistas da Cidade maravilhosa isso se algum dia chegássemos ir ao ao Rio. Nos tornamos suburbanos, matutus. De onde descíamos do ônibus até a casa que meu pai comprara, andávamos a pé uns 30 minutos por essa estrada. De longe minha mãe toda empolgada, nos mostrava a casa que podíamos avistar bem pequenina, pois era um loteamento novo e não tinha 5 casas ao todo num raio de quilômetros. Eu me lembro que chorei de tristeza, de cara eu não gostei, era como se aqueles pressentimentos que me acompanham até hoje, estivessem me revelando que ali não era o lugar que nos abriria portas de oportunidades para construirmos nosso futuro um pouco mais brilhante. E sei que toda minha família tinha e ainda tem muito brilho, é um brilho, sutil, porém marcante ele se destaca, embora na verdade nós nem percebemos. Era como se eu soubesse que naquele lugar, nosso brilho se apagaria. Mas, eu só tinha 12 anos, não tinha clareza dessas coisas que acabo de escrever, hoje, aos 48 anos de idade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

- COMENTE, OPINE, DÊ SUGESTÕES.
- Depois de comentar. Indique para um amigo.